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Como saber se a junta homocinética está ruim: entenda os sinais!

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Publicado em 
02
 de 
December
de
2023
Tempo de leitura 
4
 minutos

O carro é um organismo complexo, cheio de particularidades. Mesmo que você não seja um especialista (e nem tenha o interesse de se tornar um!), é importante que você conheça alguns dos nomes que compõem o "todo" do seu automóvel e que saiba, além disso, para que eles servem.

Um nome forte, que parece muito difícil, é esse: junta homocinética. Apesar de soar como algo que saiu de uma espaçonave, trata-se, na verdade, de uma peça até bastante simples, mas que é fundamental para o bom funcionamento do automóvel e para a segurança do motorista, dos passageiros e até dos pedestres.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre a peça em questão, explicando as suas características e funcionamento, e também responderemos à seguinte pergunta: como saber se a junta homocinética está ruim? Se você gostaria de saber mais sobre o assunto, prossiga com a leitura.

O que é a junta homocinética?

As juntas homocinéticas estão presentes nas duas extremidades dos eixos de transmissão de todos os veículos que possuem tração dianteira.

As juntas internas são responsáveis por ligar o eixo de transmissão e a transmissão. As externas, por sua vez, fazem a ligação entre as rodas e o eixo de transmissão. 

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Como funciona a junta homocinética?

As juntas homocinéticas são responsáveis pela tração. Elas possibilitam a transmissão da rotação em múltiplos ângulos, entre os eixos.

Elas são necessárias porque, sem elas, as rodas do veículo perderiam a tração quando o volante fosse virado por conta de declives, alterações na pista, elevações e similares - visto que todas essas circunstâncias criam ângulos distintos em relação ao eixo de transmissão.

A articulação das juntas é bastante eficaz em desvios de até 80 graus. Elas são particularmente interessantes quando falamos sobre transmissão de potência durante percursos em alta velocidade.

Podemos dizer, de forma bem simplificada, que as juntas homocinéticas facilitam a utilização do uso da tração dianteira, que é bastante comum na maior parte dos veículos que encontramos. 

A invenção, que teve o seu uso comercial aprovado em meados de 1959, colabora para a diminuição do peso e do tamanho dos veículos, além de gerar melhor distribuição de peso - o que, por sua vez, dá  mais estabilidade e aderência para as rodas da frente. 

Um menor consumo de combustível, por fim, também foi possibilitado pela criação das juntas.

Ainda não respondemos como saber se a junta homocinética está ruim, mas não se preocupe: em breve entraremos nesse assunto também. Enquanto isso, veja o que mais preparamos para você:

Quais são os componentes da junta homocinética?

Agora, vamos dar uma olhada em algumas das peças que compõem a junta homocinética:

Rolamento

O rolamento é, na verdade, um conjunto de elementos rolantes. Eles atuam como suporte. Para fazer a transmissão da potência para o veículo, utilizamos um rolamento que tem esferas.

Esse tipo de rolamento é interessante especialmente para viagens onde é possível estar em alta velocidade. Convém pontuar, porém, que a troca dos componentes internos não é possível em caso de desgaste. 

Coifa protetora

Como o nome pode sugerir, trata-se de uma proteção, uma espécie de manta, que protege as peças da ação de agentes externos que podem gerar contaminação e problemas de funcionamento, como lama, detritos, poeira ou água. 

A coifa protetora não está presente apenas nas juntas homocinéticas, mas compõe uma parte bastante importante da mesma. Elas podem ser encontradas, além disso, nos amortecedores, nos pivôs e na caixa de direção.

Eixo

Como já mencionamos em outro momento deste artigo, a junta faz a conexão entre eixos - no caso, entre o semieixo do câmbio e o eixo da roda. É por  meio da junta homocinética que, mesmo em caso de oscilações, a transmissão de torque permanece contínua e efetiva.

A transmissão pode ser prejudicial, porém, caso os eixos apresentem problemas - que também chamamos de empenamentos. Alterações na estrutura do semieixo também geram complicações e alterações na transmissão.

Daqui a pouco, explicaremos também como saber se a junta homocinética está ruim. 

Qual a relação entre a homocinética e a tração dianteira?

A criação da junta homocinética está diretamente ligada à utilização do uso da tração dianteira - que, como também pontuamos no início do artigo, é comum em boa parte dos carros que utilizamos hoje.

A junta homocinética transmite a potência sem gerar alterações na velocidade relativa entre as peças (o que costumava acontecer quando a regra era utilizar a junta universal). 

Com os rolamentos, há diminuição do calor interno e menos variação nas vibrações do sistema - o que, por sua vez, aumenta a estabilidade da condução, aumentando a segurança. Isso, por fim, também aumenta o tempo de vida da peça.

Quais são os tipos de junta homocinética?

Agora, vamos dar uma olhada nos tipos existentes:

Junta fixa e junta deslizante

O movimento relativo entre os eixos alta os nomes das juntas. A junta fixa está entre o eixo homocinético e o eixo da roda, enquanto a junta deslizante atua entre o câmbio e o eixo homocinético. A junta fixa não tem movimento axial - ao contrário da junta deslizante.

Junta deslizante do tipo VL

Veículos que possuem tração traseira geralmente têm sistemas de suspensão que fazem uso de juntas deslizantes tipo VL nas extremidades do eixo homocinético.

Junta deslizante Tripoide

No caso desta junta, temos esferas que, assentadas nos encaixes da tripeça, diminuem o atrito entre as peças rolantes. A junta tripoide, que é utilizada na extremidade interna do eixo do carro, permite que haja um ângulo maior de operação e um deslocamento axial maior do eixo de transmissão de torque.

Quais são os problemas da junta homocinética?

Vamos, agora, entender como saber se a junta homocinética está ruim. Entenda:

Vibração na aceleração

Esse tipo de circunstância pode ser propiciada quando a junta deslizante não está funcionando da maneira adequada ou quando há desgastes na junta fixa.

Vibração com velocidade constante ou ao usar o freio do motor

Ao perceber vibração quando utiliza o veículo em velocidade constante ou quando faz uso do freio do motor, vale a pena verificar como está a saúde da junta fixa - mas também analisar se outros elementos do carro, como as rodas e os pneus, estão íntegros como deveriam estar.

Ruídos ao mudar de velocidade

Não é natural que, na troca de velocidade, o veículo produza sons. Se isso acontecer, o indicado é que você verifique como está a junta fixa, mas também analise como estão os rolamentos das rodas.

Roncos

Os roncos, por fim, podem ser gerados pela lubrificação ineficiente (geralmente causada pela utilização de um lubrificante inadequado) ou pela falta de lubrificação.

Quais são os sinais de uma junta desgastada?

Como mencionamos há pouco, a presença de ruídos no seu carro deve chamar a sua atenção: eles não são comuns e, muitas vezes, apontam para a necessidade de manutenção ou de troca de peças.

Além disso, existem algumas outras circunstâncias que podem sugerir que há desgaste nas juntas. São essas:

  • Presença de graxa saindo de rachaduras;
  • "Estalos" quando as rodas estão em funcionamento.
  • Aumento do barulho quando o veículo está andando, especialmente quando aumentamos a velocidade da corrida.

É preciso que compreendamos que essas situações devem ser remediadas o mais depressa possível. Deixar para depois não apenas pode comprometer a integridade do seu veículo, mas gerar instabilidade na condução - o que, por sua vez, aumenta a possibilidade de acidentes graves, colocando a todos em risco.

É perigoso andar com a junta homocinética estalando?

Quando você acelera e ouve sons de estalos, isso pode significar que há desgaste na junta fixa. Se o problema não for resolvido, a junta desgastada pode parar de funcionar durante a condução - o que, por sua vez, pode provocar perda de controle do veículo, gerando acidentes fatais.

É por isso que é fundamental responder ao questionamento-título deste artigo: “como saber se a junta homocinética está ruim?”. 

O que acontece se a homocinética quebrar?

Como dissemos no tópico anterior, juntas que estão defeituosas podem se desintegrar - o que, por sua vez, altera a capacidade de condução do veículo.

Qual a relação das juntas com a geometria veicular?

Nem todos sabem, mas falhas na geometria do veículo podem fazer com que as juntas homocinéticas não atuem da maneira como deveriam (é por isso que, de novo, você deve estar atento aos sons que o seu carro produz!). 

Se a cambagem do veículo estiver rebaixada ou desalinhada, haverá alterações no funcionamento ou na integridade da junta deslizante. A cambagem negativa empurra as esferas do rolamento para trabalharem nas margens - o que, por sua vez, propicia quebras nos componentes internos e aumenta a possibilidade de quebra.

Caso a caixa de direção não esteja centralizada, haverá pressão no rolamento interno, causado pela má distribuição do trabalho da junta fixa.

Como aumentar a durabilidade da junta homocinética?

Existem algumas atitudes que podem colaborar para a longevidade das juntas homocinéticas Vamos entendê-las melhor:

Geometrial original

Não é apenas uma questão de gosto: carros rebaixados têm o semieixo comprometido. 

Quando a suspensão está modificada, da mesma forma, a junta deslizante não consegue atuar da maneira como deveria - o que, por razões óbvias, pode fazer com que a sua vida útil diminua significativamente. O ideal, portanto, é não rebaixar o carro.

Coxins

Coxins, sejam eles do câmbio, da suspensão ou do motor, mantêm o alinhamento do todo, fazendo com que as juntas não fiquem sobrecarregadas e se movimentem e façam "força") apenas para permitir que as rodas se movam.

Quando os coxins estão com problemas, todo o sistema sofre alterações e há aumento na necessidade de funcionamento das juntas. Atente-se para solavancos: eles também podem sinalizar que algo não vai bem.

Cambagem

A cambagem feita de forma incorreta promove alterações no ângulo de funcionamento das juntas homocinéticas, propiciando desgaste e quebra precoce.

Torque

Após fazer a troca das juntas homocinéticas, você deve se atentar para o torque aplicado na hora de apertar a porca que faz a fixação do cubo. Força demais pode gerar quebra da junta fixa.

Graxa ou coifa reutilizada

Por fim, o ideal é sempre optar pela utilização de peças ou de produtos de boa qualidade, de marcas que tenham a sua confiança, e não fazer uso de nada que já foi utilizado. Graxas reutilizadas podem ter detritos que comprometem a longevidade do seu carro e de outros componentes.

Agora você já tem como saber se a junta homocinética está ruim!

Quanto tempo dura a junta homocinética?

Não há exatamente um período estabelecido, mas, quando cuidadas, as juntas homocinéticas geralmente sobrevivem por pelo menos 50.000 km.

Quando é necessário fazer a troca da junta homocinética?

Embora as juntas sejam bastante longevas, como dissemos no tópico anterior, é sempre recomendado que o motorista faça uma avaliação a cada 5.000 ou 10.000 km rodados. O ideal, além disso, é também verificar como está a coifa.

Como fazer a manutenção preventiva da junta homocinética?

Quer ir um passo além na sua busca de como saber se a junta homocinética está ruim? Então vamos lá:

A primeira coisa que você deve verificar é como está a coifa da junta. Danos ou rasgos podem gerar acúmulo de resíduos, como lama e poeira, diminuindo a vida útil e o funcionamento da junta.

A troca, como já pontuamos em outro momento deste artigo, geralmente acontece depois dos 50.000 km rodados. Alguns fabricantes, porém, podem sugerir procedimentos diferentes - e é por isso que devemos estar atento ao que diz o manual, além de optar por marcas que sejam reconhecidas no mercado.

Conclusão

As juntas homocinéticas são fundamentais para o pleno funcionamento do veículo, como você viu, mas também para que possamos conduzir o nosso carro com tranquilidade mesmo em situações adversas ou em terrenos com geografia pouco amigável. 

Achamos necessário, além disso, deixar algumas dicas e reflexões.

Quando falamos sobre segurança veicular, não podemos optar pelo que é mais barato, mas sim pelo que tem menos possibilidade de nos gerar dor de cabeça ou riscos. Juntas recondicionadas ou de procedência duvidosa estão associadas a maior probabilidade de acidentes. É preciso passar por isso?

Então, na hora de fazer a troca de qualquer peça que seja, sempre pense no que aquilo pode significar em relação à integridade física das pessoas que compartilham a sociedade com você - e no impacto que essas escolhas, aparentemente pequenas, podem afetar a sua saúde e bem-estar (financeiro e físico!).

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