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Seguro cobre para-choque quebrado: entenda como funciona

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Publicado em 
19
 de 
August
de
2023
Tempo de leitura 
4
 minutos

De acordo com o artigo 1º da Resolução CONTRAN (14/1998), é obrigatório que a frota de veículos que trafegam em vias públicas esteja munida dos para-choques dianteiro e traseiro. Essa medida, vale dizer, serve para veículos automotores e ônibus elétricos, mas não para caminhões tratores.

Por aí, se percebe a importância desse equipamento - que devemos manter sempre em excelente estado, visto que ele colabora para a segurança não apenas do motorista e do passageiro, mas para o bem-estar dos pedestres. Falaremos um pouco mais sobre esse assunto, especificamente, nos próximos parágrafos.

Além disso, abordaremos uma questão bastante frequente entre aqueles que entram em contato conosco: o seguro cobre para-choque quebrado? Se sim, sob quais circunstâncias? Se você gostaria de receber essa e outras respostas relacionadas, confira o material que preparamos a seguir:

Para que serve o para-choque?

O para-choques, como o seu próprio nome pode surgir, compensa os efeitos oriundos de choques e/ou colisões - tanto em pedestres quanto nos ocupantes do veículo atingido. 

Atualmente, o design dos para-choques não é feito para proteger integralmente a estrutura do carro, visto que tal situação poderia causar efeitos drásticos em outros veículos ou em pedestres, mas para dar tempo de disparo suficiente para os airbags.

Quem é melhor beneficiado por esse equipamento é justamente quem está à pé e foi, de alguma forma, atingido por um veículo em baixa velocidade. A maior parte dos para-choques, hoje, tem uma curvatura que minimiza possíveis ferimentos e a severidade do choque - de novo, desde que o veículo esteja em baixa velocidade.

O seguro auto cobre para-choque quebrado?

É possível que o seu seguro cubra pequenos acidentes e colisões com o para-choque. Para isso, porém, é preciso que você tenha uma cobertura específica.

Boa parte dos seguros auto disponíveis no mercado incluem o conserto do para-choque como danos após colisões. Esse dano, geralmente, está no mesmo "nicho" daqueles que são provocados por incêndios, furtos, roubos e condições climáticas adversas, mas também pode estar previsto na cobertura que protege acessórios, como faróis, retrovisores e vidros elétricos.

Há empresas, porém, que preferem fazer uma cobertura extra, específica para acidentes com o para-choque. Em casos do gênero, é natural que o seguro cubra quebras, perfurações e afins.

Importante: caso o dano tenha sido no para-choque de outro veículo, você só terá apoio da seguradora se o seu plano possui cobertura para terceiros. Por isso, na hora de fazer o seu seguro, é interessante levar em consideração todas essas variáveis.

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Como saber se meu seguro cobre para-choque?

Todas as coberturas do seu seguro devem estar descritas na sua apólice - inclusive se o seguro cobre para-choque quebrado ou avariado de alguma forma.

Se você tem dúvidas em relação a isso ou gostaria de adicionar essa cláusula ao seu contrato, o ideal é que você entre em contato com a sua seguradora e informe-se sobre as possibilidades oferecidas por ela.

Caso você ainda esteja em processo de busca pelo seguro auto que mais dialoga com as suas necessidades e orçamento, a nossa sugestão é que você, antes de tudo, pesquise quais são as vantagens e coberturas imprescindíveis para você.

Tendo em mente aquilo que é inegociável e aquilo que, na sua perspectiva, não será necessário, certamente será muito mais fácil encontrar a opção que faz mais sentido para você.

Como funciona a franquia do Seguro Auto?

A franquia é o valor que o segurado deve pagar para, de fato, acionar o seguro. Podemos dizer que se trata, portanto, de uma espécie de coparticipação - na qual o indivíduo colabora diretamente para ter os danos feitos em seu veículo corrigidos.

A existência da franquia permite que o valor do seguro, como um todo, seja mais acessível. Ao mesmo tempo, ela serve como um estímulo para que o motorista conduza com mais cautela, evitando acidentes e, por consequência, perdas financeiras ou fatais.

Não é possível dar parâmetros do valor da franquia porque ela varia de acordo com as regras e critérios da seguradora, além de dialogar com os sinistros cobertos. O ideal é sempre confirmar essas informações na sua apólice ou diretamente com um especialista de sua confiança.

A franquia não deve ser paga quando os danos feitos ao veículo ultrapassarem 75% do seu valor de mercado. Nesse caso, acontece o que chamamos de perda total, e o veículo não é mais visto como recuperável. É preciso, então, que o cliente seja ressarcido.

Da mesma forma, sinistros com envolvimento de terceiros, desde que o motorista possua cobertura específica para tal, e casos de roubo de veículo sem possibilidade de recuperação não exigem o pagamento da franquia.

Tem franquia para efetuar o reparo do para-choque?

Como já mencionamos, o seguro cobre para-choque quebrado em apólices específicas, sob algumas circunstâncias que devem estar descritas no contrato. Não é incomum que haja pagamento de franquia para o reparo desse equipamento.

Os valores da franquia, como já mencionamos, variam segundo aquilo que foi acordado entre o segurado e a seguradora, e podem depender das avarias causadas ao para-choque e ao veículo como um todo.

E se o para-choque do outro veículo for danificado?

Como dissemos em outro parágrafo, a cobertura de danos para terceiros é específica e, geralmente, contratada como um “extra”.

A cobertura de danos para terceiros não exige o pagamento de um valor de franquia.

O que o seguro não cobre?

Agora que você sabe que o seguro cobre para-choque quebrado dentro de algumas regras específicas, vamos dar uma olhada naquilo que não é coberto pelo seguro:

  • Danos causados por condução em espaços não autorizados, como estradas e vias interditadas, além de praias e regiões fechadas;
  • Perturbações de ordem pública que afetem diretamente o veículo, como greves, brigas, tumultos, situações de vandalismo e confusões generalizadas;
  • Danos oriundos de condução sob efeito de substâncias, sejam elas lícitas ou ilícitas;
  • Sinistros causados por condutores que não possuem CNH ou estão com a CNH suspensa ou vencida por mais de um mês;
  • Acidentes ou danos causados por atos de terrorismo, rebeliões, de autoridade de direito militar ou civil ou situações de guerra;
  • Danos causados intencionalmente pelo condutor, para tentar obter vantagens do seguro;
  • Danos que não possuem relação com o sinistro;
  • Catástrofes naturais não descritas na apólice;
  • Ausência de comunicação do sinistro à seguradora ou demora para tal.

Quando a recuperação de para-choque é indicada?

A recuperação do para-choque é indicada principalmente em casos de colisão, uma vez que esse sinistro pode comprometer não apenas a parte estética, mas a capacidade de proteção deste equipamento.

Riscos de enferrujamento também devem ser avaliados. Se o motorista tem o costume de manter o seu carro exposto a alterações significativas de temperatura, como excesso de chuva ou neve, há a maior possibilidade de enferrujamento - o que faz com que a peça não possa exercer a sua habilidade de segurança, ao mesmo tempo em que se deteriora.

Desgastes naturais, por sua vez, não são incomuns, já que conduzir um carro pela cidade faz com que ele esteja constantemente exposto à sujeira, poluição, luz solar, raios UV e similares. 

Pode ser necessário fazer a recuperação do para-choque após algum tempo de uso, especialmente sob circunstâncias extremas ou atípicas de condução.

Existem riscos na recuperação de para-choque?

Fazer a reparação em vez da substituição do para-choque, em alguns casos, pode gerar efeitos indesejados, como:

A avaria pode não ser resolvida

Algumas colisões ou acidentes podem comprometer a peça de forma severa. Dessa maneira, o indicado é que, caso a avaria seja grande, você opte por trocar a peça por inteiro.

Dessa maneira, você garantirá uma estética agradável para o seu veículo, ao mesmo tempo em que permitirá que o seu para-choque cumpra, de fato, as suas funções - que, envolvem, como já dissemos, colaborar para a segurança e a integridade dos passageiros do automóvel, mas também dos pedestres. 

Mudanças na peça

Não é incomum que, no processo de recuperação do para-choque, haja alterações na estrutura da peça. Isso faz com que ela se torne mais rígida e que, com o passar do tempo, se torne mais suscetível a deformações.

Ineficiência em uma colisão

Se a recuperação do para-choque foi insuficiente, é possível que, em uma outra colisão ou acidente, o equipamento não entregue a performance esperada - o que, por isso sua vez, implica em aumento do impacto e diminuição da proteção do veículo.

Reparo mal feito

Reparos feitos sem grandes cuidados não apenas atrapalham no funcionamento do equipamento, mas podem comprometer a sua estética e, assim, causar diminuição do seu valor de mercado. Se você tem o objetivo de vender o seu carro em breve, deve pensar nisso!

Quanto custa a recuperação de para-choque?

Os valores de recuperação não são tabelados, o que faz com que seja difícil estabelecer uma média para recuperar o seu para-choque. Existem alguns fatores, além disso, que podem influenciar no preço a ser pago. São esses:

Retoque ou pintura do para-choque

Se o para-choque não tiver sido afetado de maneira significativa, pode ser necessário fazer apenas um retoque ou pintura. Nesse caso, a tendência é que os valores sejam mais acessíveis.

Desamassar o para-choque

Quanto mais severo tiver sido o acidente, mais complexo será o processo de recuperação do equipamento afetado. É por isso que, em alguns casos, como já dissemos, o ideal é fazer a substituição da peça como um todo, em vez de tentar recuperá-la.

Quando o para-choque estiver severamente amassado, por exemplo, geralmente é indicado ao dono do veículo que troque a peça. Isso, claro, custa mais caro do que fazer apenas a recuperação da mesma.

Tipo de carro afetado

A regra é clara: quanto mais caro e premium for o veículo, maior a chance de que as suas peças sejam também mais caras e, às vezes, mais difíceis de encontrar - o que, por sua vez, pode aumentar o tempo necessário para a manutenção.

Localização geográfica

Por fim, o local onde o motorista está também provoca alterações no preço dos serviços. Algumas capitais tendem a ter valores mais elevados, como é o caso de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Da mesma forma, alguns interiores, onde não há grande variedade de oficinas, também podem apresentar valores mais chamativos.

No que tange o tempo necessário para efetuar o conserto do para-choque, vale dizer que isso também é bastante variável. A extensão dos danos, assim como a dificuldade para encontrar peças de determinados veículos, podem complicar o procedimento.

Em geral, leva-se cerca de quatro horas para fazer o trabalho, mas há serviços que demandam bem mais tempo. Para ter uma ideia do tempo que será necessário aguardar, converse antes com o seu mecânico de confiança.

Existem riscos após a recuperação de para-choque?

Sim, há alguns riscos que podem acontecer caso a recuperação não seja feita corretamente - o que, em geral, pode ser evitado ao optar pela contratação de um profissional qualificado. Vamos dar uma olhada neles:

  • Problemas de encaixe: recuperações feitas de forma incorreta podem fazer com que o para-choque não seja encaixado corretamente em seu local de destino. Isso, por sua vez, compromete a parte estética, mas principalmente o funcionamento da peça;
  • Problemas estéticos: insistir na recuperação quando a melhor opção é a substituição pode gerar um problema sério, que é justamente a sensação de que aquela peça “não cabe” no lugar onde ela está. Pinturas mal feitas, arranhões e rachaduras presentes e afins podem gerar consequências estéticas ao veículo, prejudicando também o seu valor;
  • Problemas de desempenho: por fim, para-choques mal recuperados podem não proteger o carro e os seus ocupantes, além dos pedestres, de acidentes e colisões.

Pode circular com para-choque quebrado?

Além da pergunta-título deste artigo - “o seguro cobre para-choque quebrado?” -, essa é uma das mais comuns feitas por aqui!

A verdade é que dirigir com o para-choque danificado não gera multa, mas não é permitido. Ou seja: se você for pego em uma blitz e tal circunstância for verificada, não será permitido a você que termine a sua viagem. O carro pode, então, ser levado para o pátio - o que gera bastante dor de cabeça.

É por isso que o para-choque deve ser recuperado ou trocado pouco depois do sinistro. 

Para-choque danificado da multa?

Como mencionamos há pouco, não, o para-choque danificado não gera multa, mas pode impedir um motorista de chegar ao seu destino se for verificado por um órgão responsável durante o seu trajeto.

É importante lembrar que um para-choque em mau estado não é apenas esteticamente desagradável, mas um inimigo da segurança. Em caso de colisão, ele não será capaz de diminuir o impacto nem para o pedestre, nem para o motorista.

Quais são os cuidados após o reparo?

Primeiro, não saia da oficina sem conferir se o serviço foi bem feito e se a tinta está uniforme. Se perceber que algo está aquém do que você gostaria, converse com um especialista.

A higienização constante do veículo como um todo sempre é uma atitude interessante, uma vez que isso colabora para a proteção contra a corrosão, além de manter o carro esteticamente agradável.

Não se pode esquecer, além disso, que um carro bem cuidado é um carro que funciona: ou seja, não abra mão das manutenções obrigatórias, nem deixe de investigar problemas - mesmo aqueles que parecem pequenos.

Quanto mais tempo desejamos para verificar uma situação atípica, maior a possibilidade de que ela se desenvolva e, então, nos gere problemas de inúmeras ordens.

Conclusão

A leitura deste artigo certamente trouxe alguns esclarecimentos importantes!

O para-choque é um dispositivo extremamente útil para manter a beleza do veículo e pode colaborar diretamente para a sua valorização. Pessoas que desejam vender os seus carros dentro de pouco tempo, portanto, devem prestar atenção nele - e desde já buscar maneiras de torná-lo funcional e aprazível para possíveis compradores.

Da mesma maneira, o para-choque é de grande valia para pedestres em colisões em baixa velocidade, visto que o seu design, inteligente e moderno, diminui a possibilidade de ferimentos severos e de grande extensão. 

Convém dizer, porém, que manter-se atento enquanto anda ou dirige também são atitudes preciosas, que devem ser cultivadas.

Para os motoristas, finalmente, o para-choque não funciona para impedir que o carro sofra as consequências mais severas de uma colisão, mas para dar tempo ao airbag de “reagir” e, assim, inflar - o que, por sua vez, pode salvar a vida de muitas pessoas.

Um para-choque em mau estado não consegue cumprir as suas funções, fazendo com que mesmo os motoristas mais cautelosos tenham uma ferramenta perigosa em suas mãos. Um carro em pleno funcionamento e no auge da sua funcionalidade é fundamental!

Por isso, agora que você já sabe que o seguro cobre para-choque quebrado em muitos casos, é hora de se movimentar!

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