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Tipos de cinto de segurança: quais são, como usar e o que diz a lei

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Publicado em 
25
 de 
January
de
2024
Tempo de leitura 
4
 minutos

O cinto de segurança — mais do que um simples acessório de carro, é o que salva vidas em caso de acidente. 

Mesmo sendo um item obrigatório, nem todos fazem o seu uso corretamente, o que acaba causando multas e até fatalidades. 

Vem com a gente entender quais são os tipos de cinto de segurança, para que servem cada modelo e o que diz a lei sobre o dispositivo: 

Quais os tipos de cinto de segurança?

Existem diversos cintos de segurança, e eles podem ser classificados de acordo com o número de pontos de ancoragem.

Esses pontos são os locais onde o cinto é fixo no veículo ou no corpo do usuário, confira os principais tipos de cinto de segurança: 

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1. Cinto de segurança de 2 pontos

Esse modelo de cinto é mais simples e composto por uma única faixa que passa pela região pélvica.

Criado nos anos 80, ainda é comum de ser encontrado nos aviões, ônibus, e também nos carros mais antigos. 

Porém, por ser um dispositivo que segura o passageiro apenas na região da cintura, pode ser que em caso de acidentes, o cinto ocasione problemas na lombar. 

2. Cinto de segurança 3 pontos

Esse modelo está presente na maioria dos carros atuais. Seu formato em Y é composto por três pontas que passam sobre os ombros, tórax, cintura e bacia. 

O cinto de segurança 3 pontos é considerado mais seguro do que o cinto de segurança de 2 pontos, pois em caso de acidente ou frenagem brusca, ele distribui a força do impacto em uma área maior do corpo.

3. Cinto de segurança 4 pontos

O modelo de cinto com 4 pontos é encontrado com maior frequência em carros de trilha ou corrida. 

Ele é composto por pontos que protegem o tórax da pessoa, é capaz de evitar lesões graves em casos de capotamento ou colisão em altas velocidades.

4. Cinto de segurança 5 pontos

O cinto de segurança de cinco pontos, presente nas cadeirinhas infantis, é composto por cinco correias: duas atravessam os ombros, duas se posicionam entre as pernas e uma se acomoda na cintura.

Vale lembrar que a cadeirinha é obrigatória para crianças de até 10 anos e que não tenham atingido 1,45m e precisa estar fixa no cinto de segurança do carro. 

5. Cinto de segurança 6 pontos

Utilizado em carros de alta performance, como carros de fórmula 1, rally e outros, o cinto de 6 pontas é bem parecido com o modelo de 5 pontos. 

Ele possui duas tiras que atravessam os ombros, uma que circunda a cintura e três que se encaixam entre as pernas, garantindo maior segurança em caso de acidente.

Quais são os itens a serem inspecionados em um cinto de segurança?

A inspeção do cinto de segurança pode ser feita toda vez que você entrar em um carro de maneira visual. Também pode ser feita por profissionais na hora de substituir o componente. Vem com a gente conferir os itens: 

Fitas

As fitas do cinto de segurança devem estar intactas, sem rasgos, cortes ou fios desfiados, além disso, precisam estar bem presas aos ganchos e fivelas, garantindo a funcionalidade do componente. 

Ganchos e fivelas

Os ganchos são os componentes que prendem as correias do cinto ao veículo, por isso, foram feitos de metal ou plástico, podendo suportar grandes impactos. 

Já as fivelas permitem que o usuário prenda o cinto no corpo, por isso, os dois componentes precisam estar em bom funcionamento, sem corrosão ou deformidades. 

Olhos de fixação

Os olhos de fixação são os componentes que prendem os ganchos do cinto ao veículo, ou seja, eles são a peça que fica localizada no interior do carro. 

E para que o cinto de segurança funcione corretamente, os olhos de fixação precisam estar em bom estado, sem rachaduras e corrosão. 

Costura

A costura do cinto também precisa estar intacta, não podendo estar solta, desfiada ou desgastada. Assim você garante a funcionalidade do dispositivo e mantém a segurança no carro.

Marcações

As marcações devem estar legíveis e intactas. Elas devem indicar o fabricante, o número do lote e a data de fabricação.

Além da inspeção visual, o cinto de segurança também pode ser inspecionado usando um teste de tensão. Esse teste mede a força necessária para romper o dispositivo. Caso o cinto não atenda aos parâmetros pré estabelecidos, é necessário fazer a substituição 

Qual a importância do cinto de segurança?

O cinto de segurança é essencial para salvar vidas, reduzindo o risco de traumatismo craniano, em até 40%, um dos maiores causadores de morte em acidentes de trânsito. 

Por isso, a principal função do dispositivo é evitar impacto, ou seja, evitar que o corpo dos ocupantes se choque contra o volante, painel e para-brisa em situações de colisão. 

Além disso, o cinto de segurança é fundamental para prevenir que os ocupantes do carro sejam ejetados para fora em casos de capotamento ou colisão muito fortes, evitando fatalidades e sequelas. 

E nesse caso grave, se alguém for lançado para fora do carro durante um acidente, suas chances de sobreviver diminuem em cinco vezes. 

Além do impacto da queda, há o perigo de bater em meio-fios ou objetos na beira da estrada e também se ficar na pista, corre o risco de ser atropelado por outros carros.

No Brasil, a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança para motoristas e passageiros foi estabelecida em 23 de setembro de 1997, através da Lei nº 9.503, do Código de Trânsito Brasileiro. 

E com isso, não usar o cinto de segurança, configura infração grave, com multa de R$195,23 cinco pontos na Carteira Nacional de Trânsito, bem como apreensão do veículo até que todos os ocupantes estejam com o cinto de segurança. 

Vale lembrar que todos os ocupantes do veículo, inclusive os passageiros do banco de trás, precisam estar usando o cinto de segurança corretamente, passando pelos ombros, tórax e pélvis. 

Se estiver transportando crianças, o uso da cadeirinha também é obrigatório para os pequenos menores de 10 anos ou 1,45m. 

O que diz a lei sobre o uso do cinto de segurança?

A legislação brasileira estabelece diretrizes claras sobre o uso do cinto de segurança, confira: 

Art. 65

Segundo o artigo 65 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é obrigatório o uso do cinto de segurança para motorista e passageiros em todas as vias do Brasil, com exceção das situações regulamentadas pelo CONTRAN.

Art. 167

Em seu artigo 167, o CTB, traz que dirigir sem usar o cinto de segurança é: 

  •  Infração grave 
  • Multa de R$ 195,23
  • Cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
  • Medida administrativa: retenção do veículo até que o ocupante do veículo coloque o cinto. 

Art. 1º

Por fim, o artigo 1º da Resolução nº 278/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), proíbe a utilização de dispositivos que travem, afrouxem ou modifiquem, de qualquer forma, o funcionamento normal dos cintos de segurança.

A proibição é clara e visa garantir o uso correto do cinto de segurança, garantindo a proteção necessária em caso de acidentes. 

Qual é o tipo de cinto de segurança mais seguro?

Quando se trata de cinto de segurança automotivo, o mais seguro é o cinto de três pontos, pois ele dispersa a força do impacto por uma área mais ampla do corpo, garantindo maior proteção ao passageiro em caso de acidente. 

Já nos carros mais novos, temos um pré-tensionador que fica conectado ao sensor do air bag, e em caso de colisão, o sensor faz com que o cinto de segurança fique mais ajustado ao corpo, dando mais segurança. 

Vale lembrar que o cinto de segurança não tem data de validade, mas é sempre bom conferir se o dispositivo está em bom estado, sem desgaste, fios soltando ou folgas. 

Além disso, em caso de colisão, pode ser necessário fazer a troca do cinto de segurança, garantindo a sua eficácia. 

Como escolher o tipo de cinto de segurança?

A escolha vai depender da atividade que vai praticar e também do nível de proteção que está procurando. 

Para os carros de passeio, o modelo mais seguro é o cinto de segurança de 3 pontos, passando pelos ombros, tórax, cintura e pelve, distribuindo o impacto em uma área maior em caso de colisão. 

Já para os carros de corrida, o cinto de quatro pontos, é o mais indicado, pois o dispositivo conta com duas pontas que atravessam o tórax do usuário, dando maior segurança em caso de capotamento, ou colisão. 

Para as crianças, o cinto de segurança de cinco pontos é mais recomendado, já que cobre os ombros, barriga e pélvis, dando uma segurança para os pequenos. 

Além disso, é válido ficar atento ao tipo de cadeirinha ideal para as crianças, pois dependendo da idade, a criança pode usar o acento de elevação e o cinto de segurança de 3 pontos, sendo igualmente eficaz. 

Como usar o cinto de segurança corretamente?

O uso do cinto de segurança pode reduzir o risco de morte em até 70% e o risco de lesões graves em até 50%.

Além disso, o cinto de segurança permite que os ocupantes do veículo saiam ilesos em caso de colisões leves. 

E como já mencionamos por aqui, o cinto de segurança é obrigatório, sendo fundamental para proteger os motoristas e passageiros em caso de frenagens e acidentes. 

Portanto, para usar o dispositivo corretamente, sente-se no banco do carro e ajuste o encosto para que esteja em uma posição confortável. 

Coloque o cinto de segurança ao redor do seu corpo, passando a parte superior do dispositivo sobre o ombro, logo abaixo do pescoço, e a parte inferior do cinto na cintura, na altura do quadril.

Se o carro tiver o ajuste de altura do cinto, faça o ajuste para que o acessório não fique muito próximo do pescoço para não ficar desconfortável. 

No banco de trás, o cinto de segurança deve ser usado da mesma forma, ou seja, a parte inferior do cinto deve ficar na altura dos quadris. 

Vale lembrar que o cinto deve ficar na posição correta durante todo o uso, por isso, evite passar o dispositivo pelas costas, deixando o tórax livre e sempre confira se o cinto não está torcido. 

Conclusão

Agora que você já conhece todos os tipos de cinto de segurança, é necessário usar o dispositivo sempre para garantir a sua segurança. 

E para além da segurança, é válido contar com um seguro auto para te proteger de qualquer imprevisto no trânsito. 

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